Degradação de Nossas Estruturas
Até quando iremos sofrer com o abandono. Em menos de 3 meses o que mais percebemos nos noticiários é a degradação de nossas estruturas. Assim como foi com o viaduto da Marginal Pinheiros que cedeu dois metros no dia 15 de Novembro de 2018. No dia 23 de janeiro de 2019, a ponte que dá acesso pela Marginal Tietê à Rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro foi interditada. O motivo da interdição foi a constatação do rompimento de uma viga, descoberto em uma vistoria.
E lamentavelmente, hoje 25 de Janeiro de 2019, o rompimento de uma barragem da Vale, no Córrego do Feijão, deixou um rastro de lama na região. O que nos faz lembrar da tragédia de Mariana, que há 3 anos, houve o rompimento de barragem, que causou maior desastre ambiental do país e matou 19 pessoas. E que até o momento nada foi feito por aquela população e nem ao menos serviu de aprendizado pelos nossos governantes.
Vou aproveitar para citar um grande professor da época do Mestrado na UFF Niterói , Vicente Custódio Moreira de Souza.
“ Por que somos mortais, curtamente mortais, inevitavelmente mortais, tendemos a acreditar que tudo o que dura mais do que nós é eterno. Nossa crença, em realidade, é simplesmente desejo, ou talvez mentira que nos pregamos, por querermos acreditar que tudo aquilo que fazemos que construímos, ou de que participamos da criação, brilhará para sempre no infinito”
Toda e qualquer estrutura possui a sua vida útil e precisa de um plano de manutenção. É muito triste observar que nossas estruturas estão em péssimo estado de conservação e que nada é feito, nenhum plano estratégico para evitarmos desastres que colocam a vida da população em risco. Estamos sozinhos, a mercê da sorte…por causa da negligência do estado público.
Deixo aqui meu lamento e total pesar por viver num país onde a vida não é colocada em primeiro lugar. Quantos viadutos terão que cair? Quantos prédios serão incendiados? Quantas barragens serão rompidas? Quantos pais de família irão chorar pelas suas perdas que jamais serão reparadas?